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Lia e o implacável trabalho de escrita: do lixo ao jornal
Dentre as inúmeras questões que surgem em decorrência do início da prática clínica orientada pela psicanálise de orientação lacaniana, a neurose obsessiva em mulheres apresenta-se como paradigmática. Ora, se por um lado encontramos na história da psicanálise uma aproximação estreita entre a neurose obsessiva e o masculino (tendo como grande referência o caso paradigmático de Freud o "Homem dos Ratos" de 1909) por outro lado, o número de relatos e casos clínicos concernentes a neurose obsessiva feminina tem se intensificado, tal como pontua Chemama (1999) a partir de sua experiência clínica. No entanto, a bibliografia sobre a neurose obsessiva e a feminilidade ainda é escassa. Assim, pretendemos nesse artigo interrogarmos sobre os alicerces que fundamentam nossa hipótese diagnóstica de um caso de neurose obsessiva em uma mulher a qual chamaremos Lia.
Vinheta Clínica
Lia conta com a idade de 26 anos e trabalha como jornalista. Procurou o Serviço de Psicologia acompanhada por uma amiga de longa data que parecia estar ali como a sua porta-voz: Lia não falava sobre suas próprias queixas e os motivos pelos quais buscou atendimento, mas confirmava com palavras e gestos o que ouvia sobre ela mesma – alguém a denunciava e falava por ela.
Os motivos eram baixa autoestima, insônia, emagrecimento repentino, falta de vontade, esquecimentos e uma desorganização na vida pessoal, tanto no âmbito profissional como financeira. Geralmente, ela não dorme bem e costuma pensar repetidamente sobre problemas relacionados à família, o trabalho, o dinheiro e o cotidiano. Lia afirma "perder" muito tempo durante o dia por procrastinação e ter dificuldades para concluir projetos e outras atividades importantes. Não consegue dizer "não" quando deveria e diz que não sabe lidar com posturas e atitudes violentas de outras pessoas, pois isso a magoa profundamente - principalmente no jornal, local onde exerce o trabalho como escritora e colunista, que tem sido para ela um ambiente difícil.
Constantemente, fala sobre seu mal-estar para escrever artigos de opinião e para lidar com piadas e pressões no jornal onde trabalha. Assim, no âmbito da direção do tratamento abrimos espaço, para que o sujeito falasse sobre o trabalho e a vida profissional.
Em Inibições, Sintomas e Angústia (1925/1976), Sigmund Freud esclarece que alguns aspectos fazem parte da inibição no trabalho, a saber: a diminuição do prazer em sua execução bem como o aparecimento de algumas reações em decorrência da permanência do sujeito no trabalho, dentre os quais estão a fadiga, o enjoo e as tonturas. É importante ressaltar que Lia queixa-se durante os atendimentos de um cansaço que a impede de realizar as atividades cotidianas e de crises de refluxo gastroesofágico que lhe acometem e que se intensificam na medida em que o horário de trabalho se aproxima.
No jornal há sempre alguém lhe exigindo atenção e foco, muitas vezes chamando-a de "desligada", "distraída" e que a faz sentir-se incapaz e incompetente, de acordo com suas próprias palavras. Para "compensar" o tempo que perde no trabalho com pensamentos, leva atividades para fazer em sua própria casa – "escrevo e apago muitas vezes quando estou escrevendo uma matéria porque fico querendo escrever da melhor forma, aí eu gasto tempo...". Com frequência fala que sua cabeça está torrada e fervendo devido aos pensamentos. É a cabeça que "não consegue parar de pensar" gerando sofrimento na vida.
Ao contrário da histeria, na qual o sintoma se apresentava primordialmente no corpo, na neurose obsessiva o sujeito sofre de pensamentos. De acordo com Ribeiro (2003) o encontro do sujeito com o real do sexo é sempre traumático, e na neurose obsessiva é acompanhado por um excesso de gozo que acarreta culpa e auto recriminação.
De acordo com Freud (1986) as representações obsessivas se constituem como recriminações dirigidas pelo sujeito a si mesmo por causa desse gozo sexual antecipado, mas recriminações distorcidas por um trabalho psíquico inconsciente de transformação e substituição. Lia, está frequentemente se recriminando: "idiota, incompetente, incapaz...". Acredita incontestavelmente que aquilo que escreve nunca está bom o suficiente e que é uma jornalista ruim. Além disso, esquece facilmente de atividades simples que alguém lhe pede para fazer no trabalho, fazendo-a se sentir no lugar daquela que está "prejudicando e decepcionando" alguém. Freud (1923) afirma que o que desencadeia a neurose obsessiva é o medo que o eu tem de ser punido pelo supereu. É o que faz com que ela se sinta "culpada e paralisada" diante das situações.
De acordo com Freud (1925/1976) o neurótico obsessivo ao vivenciar uma inibição no trabalho tende a distrair-se durante sua execução e perde tempo com a mesma pela intromissão de delongas e repetições – é o que acontece com Lia, no momento em que, ao escrever alguma matéria para o jornal ela apaga, pensa e reescreve, repetindo esse processo até que "fique bom". A escrita, seu instrumento de trabalho, é também fruto de uma repetição e é com ela que Lia faz sintoma.
Um dia antes de seu aniversário, Lia fala sobre a infância, precisamente sobre a época na qual contava com a idade de seis e sete anos1. Diferente das outras crianças com as quais convivia, Lia não desobedecia às ordens dadas pelo Outro e fugia de brincadeiras em que pudesse se sujar ou cair, preferindo ficar em sua própria casa assistindo documentários, filmes, ouvindo música antiga, escrevendo, desenhando, brincando de forca e caça-palavras – o que a faz acreditar que era uma "criança estranha".
Com o pai Lia fazia parceria e gostava de escrever - ele transformava em histórias e contos infantis tudo aquilo que ela escrevia durante a fase de alfabetização: a escrita torna-se uma invenção a dois. Na adolescência, escrevia poesia e versos em rimas métricas perfeitas. Hoje Lia faz da escrita o instrumento de trabalho.
A cena traumática
Ao recordar da infância, Lia fala de uma cena impossível de esquecer. No colégio, havia uma professora muito admirada por Lia e para a qual escreveu um bilhete, tal como uma carta de amor. Após entregar e voltar para sua cadeira, ela vê a professora jogando seu bilhete, sua escrita no lixo – o que lhe fez voltar para casa em lágrimas. Dias depois, o pai fala com a professora e ela admite ter colocado o bilhete que Lia escrevera no lixo.
Para Lia, o bilhete jogado no lixo advém como uma cena traumática e inesquecível que se repetiu na escrita do seu trabalho de conclusão de curso, quando ainda cursava jornalismo. O seu professor-orientador solicitou correções no texto, enviado por ela por email, e desde então, ela se sentiu incapaz de escrever "algo melhor". Atualmente, o trabalho de conclusão de curso ainda se encontra pendente, provocando-lhe um sentimento de fracasso e angústia. Tentou reingresso acadêmico uma vez, mas não suportou e desistiu novamente. Assim, Lia não pôde concluir o trabalho de escrita, pois fantasia que o Outro irá jogar fora o seu produto.
No caso Lia observamos que a escrita é retida e é através dela que podemos perceber a relação que Lia estabelece com o Outro, uma escrava em atender a demanda do Outro. É com o bilhete jogado no lixo, tal como excremento, que Lia se identifica. O que nos leva novamente a pensar numa neurose obsessiva.
1Sigmund Freud, em seu artigo A Predisposição Para a Neurose Obsessiva (1913), faz algumas considerações sobre o problema da escolha da neurose a partir de seu trabalho clínico. Para ele, a neurose obsessiva geralmente mostra seus sintomas no segundo período da infância, dos seis aos oito anos de idade. Lia toma como referência uma fotografia em que, segundo ela, contava com a idade de 6 ou 7 anos para me falar sobre sua infância durante essa época.
O objeto anal e a neurose obsessiva
A relação do obsessivo com a pulsão anal é fundamental para compreender a relação que se estabelece entre o neurótico obsessivo e o Outro. Em 1913, no texto intitulado de A Disposição à Neurose Obsessiva (1913), ao fazer considerações acerca da escolha e do desenvolvimento das neuroses, Freud coloca como ponto chave para pensar a neurose obsessiva a regressão da libido ao nível sádico-anal, estabelecendo um ponto de fixação que será decisivo para o que vier a seguir na construção da vida sexual e psíquica do sujeito. Para Freud, a erotização da região anal é a defesa do obsessivo contra a emergência do desejo sexual. Ou seja, esta é a via pela qual o obsessivo faz com que o desejo do Outro se reduza a sua demanda - mantendo assim seu próprio desejo às escuras.
Pensar a equivalência colocada por Freud entre fezes, presente e dinheiro é essencial nesse processo partindo das influências libidinais, ilustrado claramente a partir do caso clássico do Homem dos Ratos. Em 1917, Freud elege o excremento como o primeiro presente da criança, como uma parte de seu próprio corpo que o filho dá como demonstração de ternura aos pais. É o momento em que, o bebê decide entre a atitude narcísica e a de amor ao objeto. Ou ele dá, ou ele, sacrificadamente, o retém para sua própria satisfação auto-erótica. Até que ponto, poderíamos dizer que a escrita se insere com tal significação na vida de Lia? Já que há um paradoxo entre dar (trabalhando num jornal e fazendo dela seu trabalho) e reter (não escrevendo da maneira que gostaria). O que introduz o registro anal é a demanda do Outro. É daí que surge também a composição fantasmática do obsessivo "tudo para o Outro". Com isso, o obsessivo acaba por transformar o desejo do Outro em demanda, tamponando o seu próprio desejo (LACAN, 1992). O dar ou reter-se do obsessivo passará pela demanda que advém do Outro. Para Lacan, o mito do obsessivo é do senhor e o escravo, ele é um condenado, sofre da dúvida, da procrastinação e vive identificado ao mestre como morto.
Ao situar o Outro como mestre e senhor o obsessivo assume a posição de escravo que trabalha e se esforça na demonstração de boas intenções no trabalho (QUINET, 1993). Desta forma, o obsessivo atende as demandas advindas do Outro para anular a dimensão do desejo. Por ser jornalista, Lia confere matérias ao jornal e fotografias. Acaba atendendo pedidos que não pode fazer, mas também não recusa. A tentativa de anular a qualquer custo o desejo do Outro o transformando em demanda e tentando atendê-las. Seu próprio desejo fica na dimensão do impossível, daquilo que é tarde demais. A própria procrastinação é decorrente de sua estratégia para fugir do desejo. Mas, aí existe sempre um fracasso e um desejo que continua insatisfeito. As procrastinações, assim como as dúvidas, garantem a permanência desse desejo insatisfeito sendo este modo particular do obsessivo de manter a insatisfação (ZUCCHI, 2014).
Sobre as inibições, Freud (1926/1976) recorda-se da própria experiência na análise e afirma que quando as atividades como tocar piano, escrever e até mesmo andar ficam sujeitas às inibições neuróticas, incide numa erotização acentuada das partes físicas e funcionais as quais tais atividades se referem – uma vez que a função do eu de um órgão se prejudica na medida em que aumenta a sua significação sexual. Em suas palavras, "Logo que o escrever, que faz com que um líquido flua de um tubo para um pedaço de papel branco, assume o significado da copulação, ou logo que o andar se torna um substituto simbólico do pisotear o corpo da mãe terra, tanto o escrever como o andar são paralisados porque representam a realização de um ato sexual proibido. O ego renuncia a essas funções, que se acham dentro de sua esfera, a fim de não ter de adotar novas medidas de repressão - a fim de evitar entrar em conflito com o id." (FREUD, 1925/1976, p. 56).
Desta forma, estaria Lia vivenciando uma inibição no trabalho? Sua escrita funcionaria como um trabalho libidinal? Ao falar sobre os "esquecimentos" de tarefas simples que deve executar no trabalho, ela se lembra de quando cursava ainda o ensino médio e entrou para o teatro: "já sentia dificuldade para memorizar ou lembrar-se de algumas coisas que eu deveria fazer... eu só conseguia decorar minhas falas quando decorava as dos outros". Sua relação com o teatro demonstra o quanto lia está asujeitada a demanda do Outro.
A relação com o tempo
Lia frequentemente afirma confundir sua idade ou simplesmente esquecer quantos anos tem. Quando questionada sobre sua idade ela reponde que tem 25 anos quando na verdade está com 27. Sobre sua fala, ela se questiona sobre o que deve ter acontecido há três anos para fazer com que ela fique "parada no tempo". Com 25 anos deixou a universidade sem finalizar sua monografia e desde então acredita que os problemas na sua vida aumentaram. Questiona-se também se possui algum distúrbio que a impede de "avançar" – "É como se eu tivesse sempre um prazo para trás".
Nessa mesma época terminou um relacionamento amoroso, sobre o qual ainda possui algumas questões e nutre um sentimento de culpa. Desde então, não voltou mais a se interessar por outras pessoas. Não há mais um interesse pelo amor. De certa forma, há aí a não confrontação com o desejo, uma vez que é pela via do amor que o desejo muitas vezes encontra uma forma de fazer laço.
Fala que parece estar dentro de uma bolha dentro da qual o tempo não passa de jeito algum. Tem a sensação de que seu tempo está totalmente desperdiçado. Afirma que está sempre esperando que uma mudança em si mesma aconteça, mas parece que esse momento nunca chega. Está decepcionada consigo mesma e sente-se culpada por todos os últimos acontecimentos ruins de sua vida.
Um sonho
Em outro momento o sujeito fala sobre os sonhos. Geralmente são relacionados com a morte, neles sempre há a sensação de que o tempo está se esgotando e há sempre a necessidade de salvar algo ou alguém que não sabe quem é. Seus sonhos são de angústia e novamente se fazem presentes três elementos comuns na neurose obsessiva: o confronto com a morte, com o tempo e a necessidade de "salvar" alguém que mais se configura como uma obrigação, algo que deve fazer, como uma escrava. Se no sonho o objetivo de salvamento não é alcançado, ela acorda com sentimentos de decepção consigo mesma.
Assim, conta sobre um sonho especifico. Nele, o sujeito se encontra numa casa grande e o objetivo consiste em passar por um local da casa extremamente difícil, como um desafio a ser superado. Há uma caixa (geralmente presente em seus sonhos) que está em todos os lugares onde ela vai, como se fosse uma extensão dela mesma. Fala que a caixa parece uma cabeça, não possui um fim e a única certeza que tem é que deve ser algo muito ruim. Sua aparência é horrível, em cores laranja e vermelha. Tem a impressão de que demônios querem sair de dentro de caixa, então tenta a impedir que isto aconteça empurrando os demônios de volta com sua própria mão.
O sonho relatado por ela é extremamente rico em conteúdo. Nele mostra-se a dificuldade de Lia em lidar com o seu desejo, com isso que ela insiste em não deixar aparecer e do qual tem muito medo. O seu desejo é aquilo que deve ficar fora, que precisa ser aniquilado a qualquer custo. É a dificuldade obsessiva em lidar com seu próprio desejo, que é sempre o de atender ao desejo do Outro.
Algumas considerações
O grande desafio, nesse caso, é como a neurose obsessiva se apresenta para esse sujeito feminino no mundo contemporâneo. Para tal, é imprescindível refletir sobre a condição do feminino na cultura hoje.
Com Freud aprendemos que o feminino é um enigma, enfatizado por ele como um "continente negro". Abordando o tema da feminilidade, Freud (1933) escreve que a menina diante do confronto com a castração materna e com a descoberta de que a mãe não possui o pênis poderá responder a esse conflito a partir três saídas particulares a cada uma: a inibição sexual, o complexo da masculinidade e a feminilidade normal. Nessa perspectiva, diante de investigação sobre o feminino e a se debruçar sobre a relação da mulher com a castração, Freud coloca em cena e destaca a importância da presença ou ausência do falo como um orientador para a sexualidade. A mulher é aquela que não tem o falo e almeja tê-lo, trazendo, portanto, consequências na constituição de sua sexualidade e feminilidade.
Lacan (1985) retoma o aporte teórico freudiano sobre o feminino e avança, ao propor que no inconsciente há a inscrição de um sexo: o masculino. Essa inscrição se dá por meio do significante fálico e é ele que incidirá na posição masculina caracterizada assim pelo gozo fálico. No feminino, diferentemente do masculino, há o gozo fálico e o não todo fálico. As posições do feminino e do masculino são posições que remetem, como sublinha Machado (2012) ao modo do sujeito lidar com a linguagem, ou seja, com aquilo que o funda essencialmente.
Segundo Quinet (2015) o gozo feminino, ou seja, o gozo não todo fálico ou gozo do Outro, é marcado pela dimensão do ilimitado, pelo que escapa ao significante e que é da ordem da inconsistência, do ilimitado e do impossível. Enquanto que, o gozo fálico, é marcado pela lógica do significante, ou seja, a lógica do Um. Isso significa dizer que em todo falasser temos as duas dimensões do gozo fálico e do gozo não todo fálico. Desta forma Machado (2012) sublinha que o gozo feminino não é exclusivo das mulheres, assim como o gozo fálico também não é exclusivamente dos homens. A posição feminina em psicanálise é uma invenção, já que não está de toda submetida a castração e algo escapa ao significante, por isso mesmo Lacan (1985) afirma que a mulher não faz conjunto, por ter que ser analisada uma a uma.
Diante desse cenário a autora acima citada observa que na cultura hoje há a predominância da dimensão do gozo não todo fálico em virtude do declínio do Outro enquanto alteridade bem como uma pluralidade dos modos de gozo, de escolha amorosa e de enlace com o outro, o que viria a caracterizar uma espécie de customização do gozo. O gozonão todo fálico lida com o vazio, o impossível de ser escrito, por isso é uma invenção e um saber fazer com o real.
É importante acrescentar que o gozo feminino diz respeito ao furo no saber, que está presente em todo percurso de análise. No caso aqui trabalhado, é possível observar que Lia faz um furo no saber por meio do seu sintoma e de um trabalho de escrita incansável. Ela aponta para o não todo da relação sexual, ou seja, para aquilo que escapa.
O trabalho de escrita de Lia é uma tentativa de escrever o gozo na relação com o Outro. O sujeito, ora se identifica com o que aparece no texto (a escrita para ser lida) e ora se identifica com aquilo que cai do texto (o lixo), assim no seu trabalho implacável de escrita Lia tenta escrever o que não se escreve: o não todo do gozo feminino.
Considerando a implicação subjetiva, podemos afirmar que a análise teve efeitos na vida desse sujeito, principalmente no que diz respeito ao apaziguamento de seu sofrimento visto que chegava a análise com angústia e chorava na maioria das sessões. Pouco a pouco, as lágrimas cederam espaço para as palavras e o surgimento de uma nova escrita. Nesse novo movimento, ela tem se responsabilizado por seu sintoma, produzindo questões e esboçando possíveis retificações a partir delas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALDAS, H; MURTA, A; MURTA, C. (2012) O feminino que acontece no corpo: a prática da psicanálise nos confins do simbólico. Belo Horizonte: Scriptum.
CHEMAMA, R. (1999) A neurose obsessiva feminina hoje. Revista da associação psicanalítica de Porto Alegre, n.17. Disponível em: http://www.appoa.com.br/download/revista17.pdf
FREUD, S. (1926/1976) Inibições, Sintomas e Angústia. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição Standard, Vol. XX. Rio de Janeiro: Imago.
________. (1995/1896) Hereditariedade e etiologia das neuroses. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição Standard, Vol. III. Rio de Janeiro: Imago.
________. (1933/1995) Feminilidade. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição Standard, Vol. XXII. Rio de Janeiro: Imago.
LACAN, J. (1953/1998) Função e Campo da fala e da linguagem. In: Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
________. (1985). O seminário, livro 20: mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
________. (1992). O seminário, livro 8: a transferência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
MACHADO, O. M. R. (2012) O não todo em cada um e na cultura atual. In: O feminino que acontece no corpo: a prática da psicanálise nos confins do simbólico. Belo Horizonte: Scriptum, pp. 9-14.
QUINET, A. (1993) As 4+1 condições de análise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
QUINET, A. (2012) Os outros em Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
RIBEIRO, M. A. C. (2003) A neurose obsessiva. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
ZUCCHI, M. (2014). Esse estranho que nos habita: o corpo nas neuroses clássicas e atuais. Opção Lacaniana on-line, ano V, n. 14. Disponível em: http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_14/Esse_estranho_que_nos_habita.pdf
Recebido em: Abril de 2016
Aceito em: Novembro de 2016
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